ENGENHARIA GENÉTICA
Soraia
Muniz Pereira da Silva *
RESUMO
A tecnologia dos genes atualmente é um método muito
imperfeito de mudar a configuração genética de um organismo. Baseada na
suposição incorreta que os genes são transportadores de propriedades
especificas, onde na verdade as propriedades geradas por um gene são
dependentes da interação com seu meio ambiente, portanto, é impossível
transferir propriedades de uma espécie a outra de forma eficaz através da
engenharia genética.
No entanto, a engenharia genética não é só as
adições de algum traço desejado como pretendem os biotécnicos, e sim a
introdução de um conjunto de genes estranhos dos quais apenas uns é o traço
desejado, tais manipulações genéticas tem efeitos que são imprevisíveis no
organismo.
Palavras- chave: tecnologia, genes, organismo.
1 INTRODUÇÃO
O ADN é um processo em constante funcionamento nas
células, sendo necessário para sua sobrevivência, protege o genoma de danos que
podem levar a mutações nocivas. O ADN (ácido desoxirribonucléico ) ou DNA, é a
substância da hereditariedade que é manipulado pela engenharia genética. EG
No DNA contém um conjunto de informações que
determina a estrutura e a função de um organismo vivo, seja ele uma bactéria,
uma planta ou um ser humano. Em outras palavras podemos dizer que é no DNA que
está presente nossa herança genética, passadas de geração em geração entre
pais, filhos, e etc.
Estes são constituídos por genes, que são
encontrados nos cromossomos no núcleo da célula, contendo informações genéticas
que são feitas em formas de fitas. As fitas do DNA são longos polímeros
formados por milhões de nucleotídeos ligados uns aos outros. Atualmente estes
cordões estão sendo usados para clonagem, Fingerprinting entre outras coisas
que nos dias atuais são sós experimentos nos animais e plantas. “O amanhã da
genética é a criação de animais transgênicos capazes de secretar substâncias
úteis ao homem. Clones humanos ficam muito para depois, para o futuro distante”
(Donald Wolf cientista
do centro de Pesquisas de primatas da Univerdade de Oregon).
O QUE É ENGENHARIA GENÉTICA?
Na engenharia genética, um conjunto de genes
estranhos, é introduzido aleatoriamente no meio da seqüência de ADN de
"palavras-códigos" (neste caso no ADN herdado da mãe) rompendo a seqüência
ordinária do código de comando no ADN. Este rompimento pode perturbar o
funcionamento da célula de forma imprevisível e potencialmente perigosa. A
inserção pode fazer o cromossomo instável de maneira imprevisível.
Uma segunda diferença fundamental é que, na
engenharia genética, as construções especiais do material genético, derivadas
dos vírus e das bactérias, estão adicionadas "ao gene desejado". Estas construções não existem no elemento
natural. São necessárias para três finalidades principais:
Para
detectar casos da inserção bem sucedida do gene (marcadores);
Para
assegurar-se de que o gene introduzido não seja rejeitado pelo organismo
receptor (vetores);
Para assegurar-se de que o gene introduzido está
ativo (promotores);
Estas construções podem causar o problema de vários
tipos. A engenharia genética é baseada
em uma idéia ultrapassada. A suposição chave da engenharia genética é que você
pode "costurar" organismos adicionando genes com propriedades
desejáveis. Mas a ciência descobriu que os genes não trabalham como portadores
isolados das propriedades. Ao invés os efeitos de cada gene são o resultado da
interação com seu ambiente. A situação é sumariada por Dr. Craig Venter:
"Na língua diária a conversa é sobre um gene
para isto e um gene para aquilo. Nós estamos descobrindo agora que isso é
raramente assim. O número dos genes que trabalham desta maneira pode quase ser contado
nos dedos, porque nós somos construídos dessa maneira." "Você não
pode definir a função dos genes sem definir a influência do ambiente. A noção
que um gene é igual a uma doença, ou que um gene produz uma proteína chave,
está sendo atirada pela janela."
(Dr.
J. Craig Venter, cientista do ano
(2000). President
of the Celera Corporation. Dr.
Venter é reconhecido como um dos mais importantes cientistas do mundo pelo
trabalho na elucidação do genoma humano.)
Fonte: Times, Monday February 12, 2001 "Why you can't
judge a man by his genes"
http://www.thetimes.co.uk/article/0,,2-82213,00.html
Os genes estão no cerne da vida. Juntos constituem o
mapa de um organismo. Na linguagem computacional eles são o programa mestre da
vida. Decidem todas as propriedades e todas as potencialidades de um organismo.
Em termos biológicos este programa mestre é a
essência da hereditariedade, o cromossoma. É constituído por cadeias das
chamadas moléculas de ADN que carregam "as palavras código" ou
instruções do programa mestre.
Há um jogo idêntico deste programa mestre em cada
célula. Por exemplo, uma planta de milho tem aproximadamente um bilhão de
células, cada uma com um jogo deste programa mestre. Em partes diferentes das
plantas, partes diferentes do programa estão ativas, criando estruturas
diferentes como as folhas, sementes e a raiz. A célula é como uma enorme rede
de computador, muito maior do que qualquer criação humana. A ciência tem uma
compreensão muito incompleta como estes bilhões dos programas mestres podem
cooperar numa maneira muito harmoniosa e eficazmente coordenada.
Engenharia genética significa a manipulação deste
programa mestre. Os genes, geralmente de espécies totalmente diferentes, são introduzidos "no programa mestre " uns dos
outros. Os genes, por exemplo, de peixes, escorpiões, bactérias e s vírus foram
introduzidos em plantas alimentícias pelos projetos da engenharia genética.
O método da engenharia genética é tão primitivo que
é impossível se decidir de antemão onde os genes introduzidos se situarão no
programa mestre. O efeito de um gene é extremamente dependente das propriedades
de seus genes vizinhos.
Esta é uma das muitas razões porque o resultado da
inserção artificial do gene (engenharia genética) é imprevisível. É um fato
científico estabelecido que tal manipulação pode, no pior dos casos, conduzir à
criação de substâncias prejudiciais, assim como outros distúrbios inesperados.
3 CONCLUSÃO
É um fato inegável que a ciência sabe pouco sobre os
efeitos da engenharia genética para poder predizer e dominar as conseqüências.
Logo, a engenharia genética tem que ser confinada aos laboratórios fechados até
que a ciência saiba o que está fazendo. Usando-a para alimentos, neste estágio,
significa um risco inevitável para efeitos inesperados e potencial prejudicial
para a saúde humana e o meio-ambiente.
Tecnicamente a engenharia genética é a inserção
artificial de uma seqüência estranha de código genético no meio de uma
seqüência ordenada do código genético de um receptor, que levou milhões de anos
para evoluir. Além disso, construções genéticas artificiais poderosas são adicionadas
tendo potencialmente efeitos problemáticos. Isto é uma profunda intervenção com
conseqüências imprevisíveis.
http://www.thetimes.co.uk/article/0,,2-82213,00.html
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